segunda-feira, 15 de março de 2010

A Carta de São Judas Tadeu


A Carta de São Judas Tadeu
1 Judas, servo de Jesus Cristo, irmão de Tiago, aos eleitos amados em Deus Pai e conservados por Jesus Cristo: 2 a misericórdia, a paz e o amor vos sejam dados copiosamente.
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3 Caríssimos, desejando vivamente escrever-vos acerca de nossa comum salvação, senti a necessidade de fazê-lo exortando a combaterdes pela fé, que uma vez para sempre foi dada aos santos. 4 Porque dissimuladamente se introduziram alguns homens, já desde tempos antigos, destinados a esta condenação, ímpios que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam nosso único soberano e Senhor, Jesus Cristo.

São Judas Tadeu
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5 Embora saibais tudo, quero, não obstante, lembrar-vos uma vez por todas que o Senhor, depois de salvar o povo do Egito, fez perecer, a seguir, os incrédulos. 6 Os anjos que não guardaram sua dignidade e abandonaram seu domicílio, ele os guardou presos com cadeias eternas nas trevas para o julgamento do grande dia.
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7 Da mesma forma Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas, que, como elas, cometeram imoralidades, correndo atrás dos vícios contra a natureza, servem como advertência, agora que sofrem a pena de um fogo eterno. 8 Assim também eles num louco desvario mancham o próprio corpo, menosprezam a soberania de Deus e blasfemam dos seres angélicos.
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9 O arcanjo Miguel, quando discutia com o diabo, disputando-lhe o corpo de Moisés, não se atreveu a proferir um juízo de blasfêmia mas disse: Repreenda-te o Senhor. 10 Estes, no entanto, blasfemam de tudo que ignoram. E se corrompem mesmo naquilo que, à maneira de animais irracionais, só conhecem de modo instintivo. 11 Ai deles, porque andaram pelo caminho de Caim e, pelo amor do lucro, caíram no erro de Balaão e pereceram na revolta de Coré!
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12 Eles são a vergonha de vossos banquetes. Banqueteiam-se convosco sem vergonha nenhuma, apascentando-se a si mesmos. São nuvens sem água arrastadas pelo vento. São árvores no fim do outono sem fruto algum, duas vezes mortas, sem raízes. 13 São ondas furiosas do mar, que lançam a espuma de suas impurezas. Astros errantes, aos quais está reservada a escuridão das trevas para sempre.
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14 É deles que Henoc, o sétimo patriarca desde Adão, profetizou, dizendo: "Eis que vem o Senhor com suas santas miríades, 15 para exercer um juízo contra todos e convencer todos os ímpios de todas as impiedades que praticaram e de todas as palavras duras que os pecadores ímpios falaram contra ele". 16 São murmuradores, queixosos, que andam segundo suas paixões, cuja boca fala arrogâncias e que adulam as pessoas por interesse.
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17 Vós, caríssimos, lembrai-vos do que foi predito pelos apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo. 18 Eles vos diziam: "No final dos tempos haverá zombadores que andarão segundo seus ímpios desejos". 19 Estes são os que fomentam as divisões. Vivem à mercê dos instintos, e não têm o Espírito. 20 Vós, porém, caríssimos, edificando-vos pela vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, 21 conservai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.
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22 Para uns exercei vossa misericórdia, pois que ainda vacilam. 23 A outros salvai, arrancando-os do fogo. Dos outros compadecei-vos com temor, execrando até a túnica contaminada por sua carne. 24 Àquele que pode guardar-vos da queda e apresentar-vos irrepreensíveis e com alegria perante a sua glória, 25 ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo Nosso Senhor, seja a glória, a magnificência, o império e o poder, desde antes de todo tempo e agora e por todos os séculos.
Amém.